Phisis
Há uns textos atrás eu pretendia escrever sobre o autor que conheci nessas férias, mas o texto acabou virando um ode a amizade e acabei por mencionar muito pouco o Tom of Finland.

Então para seguir com plano inicial estou tentando montar um novo texto (o que parece uma constante na minha vida, tenho a impressão de estar sempre nessa tentativa), vou abordar um pouco das impressões que tive ao ler o livro, logicamente é uma pretensão inocente sem nenhum viés literário profundo.

Quando inicio uma leitura recreativa tenho o hábito de pular a introdução, de transforma-la em capítulo final do livro.

Faço isso motivada pela minha ansiedade doentia, que não me deixa ter paciência para esperar nem mais um segundo para ler o livro, mas também porque a introdução tende a ser a impressão do seu autor sobre o livro e isso sempre me pareceu uma forma de trapacear nas emoções que o livro  deverá transmitir.


Meu contato com o livro tem que ser algo íntimo, ele me mostrará o que sentir, não vale ter um guia, um amparo para saber se estou sentindo direitinho o que deveria.

Depois de tanta enrolação, vou finalmente tentar narrar onde fui levada pelo maravilhoso Kake, já escrevi sobre como me apaixonei e adquiri o livro, agora chegou o momento de compartilhar como a minha paixão foi devidamente correspondida.

Na capa temos o belo desenho do Kake personagem que irá nos acompanhar durante todo o livro, a primeira impressão que tive sobre ele foi de um o homem viril, charmoso, cativante, com aquele olhar sacana que tem o poder de despertar o nosso lado mais selvagem, acho que seria consenso dizer que ele exala erotismo.


Ao sair da capa e entrar na história me deparei com Kake encantando e sendo  encantado por diversos homens, enquanto explorava suas fantasias sexuais e certamente se divertia.

As histórias são maravilhosas, pois conseguem ultrapassar a barreira do sexo meramente individual, do "eu gosto e pronto", essa noção egoísta do sexo passa longe.

Tom of Finland tem a sensibilidade de retratar as cenas de sexo como algo prazeroso para todos os envolvidos, é nítida a dedicação de todos em não só receber prazer mas também em dar prazer há toda uma relação de troca que faz a leitura ficar ainda mais viciante e cativante.

Outro ponto que me prendeu foi a troca de afeto entre os personagens, apesar de muitas das cenas abordarem o sexo casual, há respeito e afeto entre eles e em vários momentos  são captados atos de ternura.
Um diferencial bem bacana que o livro tem do cenário erótico atual é que esteticamente ele se distância bastante do que é apresentado hoje como erótico.

Atualmente há uma grande facilidade em se consumir erotismo, estamos  sendo constantemente bombardeados, contudo a qualidade muitas vezes deixa a desejar, mostrando cenas de sexo que não se parecem nada com a realidade e que não transparecem nada além de penetrações frias, sem envolvimento, o completo oposto do que é passado por Tom of Finland, Kake é um homem bem resolvido sexualmente, que esta se divertindo, com muito sexo casual, carinho e respeito sem objetificar os outros.


Foi uma experiência divertida e ate libertadora, ver homens que pela normatividade imposta pela sociedade seriam tidos automaticamente como heterossexuais, apenas por não serem frágeis e afeminados e sim fortes, musculosos, exercendo trabalhos pesados, viverem livremente  sua sexualidade homoafetiva, sem julgamento ou culpa.
Kake nos da a oportunidade de pensar as diferentes formas de se afirmar e reafirmar quanto sujeito, sem obedecer o padrão social imposto. 

Depois me permitir uma experiência completa e livre de guias retomei a introdução para descobrir um pouco mais sobre o autor do livro que proporcionou momentos tão agradáveis.

O autora da introdução Dian Hanson transpareceu ter um carinho grande e admiração por Tom of Finland, pegarei emprestado alguns trechos da introdução para dar uma idéia a cerca da vida do Tom.

Tom of Finland não é o nome de batismo do autor, ele se chama Touko Laaksonem, nasceu em 1920 em Kaarina, filhos de professores, cresceu lendo e aprendendo a tocar piano.


Descobriu sua atração por homens cedo e aceitou isso como um segredo de nascença, na Finlândia homoafetividade era punida com prisão, o que deu um bom motivo para que ele mantivesse segredo de suas preferencias.


O desenhou virou uma forma de escapar de uma vida de eterno segredo e aos oito anos sua primeira tirinha. Aos 10 anos começou a desenhar os trabalhadores rurais e os carregadores que exerciam grande peso em suas fantasias sexuais.

Em 1939 ele se mudou para Helsinki para frequentar a escola de arte, onde ganhou outros dos seus modelos masculinos como policiais, pedreiros e marinheiros.

Quando a Rússia invadiu a Finlândia no final do ano de 1939, homens de uniformes e em em cargos de poder se consolidaram como fetiche para Tom.


A Finlândia acabou se aliando a Alemanha para conseguir expulsar a Rússia do território finlandês e é nesse momento que Tom percebe como os uniformes e botas de couro pretas lustrosas são atraentes, ele chega a declarar que todo o começo de sua experiência sexual se deu com soldados alemães.


Com o fim da guerra Tom se vê meio perdido sexualmente e tenta se encaixar no cenário gay finlandês, mas tem um estranhamento ao perceber que nesse cenário que ser gay é ser afeminado e isso ia contra sua natureza.


Em 1965 Tom começou a pensar na possibilidade de um personagem permanente nas suas tirinhas, depois de algumas tentativas concebeu Kake.


Só posso afirmar que todos deveriam ter a sorte de cruzar o caminho com o Kake.










Phisis

As vezes eu lembro que você partiu meu coração e me sinto tão sozinha, me sinto novamente sentada sentindo que tudo se partia e me custa mais tempo do que eu gostaria lembrar que isso passou, que a dor não doi mais, é só uma lembrança, mas mesmo assim you broke my heart.

Phisis
Atualmente todos estão preocupados com perfeição esquecem que um bom samba é uma forma de oração.

O perfeito nem sempre é o melhor, muitas vezes pode ser estéril, mecânico, sem significado, acaba por ser o vazio agradável, isso é suficiente para algumas pessoas, mas a mim não basta.

Me atrai o místico, acredito no ritual de passar energia, por isso prefiro as coisas que carregam uma espécie de magia, uma partícula de caos individual que faz delas únicas, pode ser ainda meio torto, desde que honesto, que aceita suas limitações e se diverte em si.

Enquanto o perfeito tem que cumprir exigências, não pode se dar ao luxo de ser livre, de ser uma tentativa, muitas vezes está acaba por ser o garantido, o esperado, o que já é certo de agradar, não quer surpreender, se contenta em ser o mesmo que o anterior e que por sua vez será igual ao próximo, o mais do mesmo, enquanto a fórmula funcionar.

Eu procuro uma forma de oração e esse tipo de coisa não esta na esquina, tem que ser conjurado, o que da trabalho, é preciso suor e amor para se ter um amuleto de proteção, então busco mãos apaixonadas que ainda se importam.
Phisis
Final do ano sempre traz umas complicações, dependendo da pessoa a problemática muda, para uns o difícil é encontrar todos os parentes, para outros é comprar todos os presentes que os pequenos esperam do papai noel.
A minha complicação esta longe de ser um problema, é mais uma questão de tempo, conciliar festividades familiares com os amigos queridos, geralmente os amigos saem prejudicados e os encontros vão acontecendo ao longo do novo ano.
3 de janeiro foi dia de reencontro, ainda estava me recuperando da maratona da passagem de ano e estava resmungona e ele delicado como um trator não se furtou de comentar diversas vezes meu mau humor, mas mesmo assim me aturou.
Nossa programação era andar no shopping, ele já chegou 20:40, então já me deu motivo pra reclamar, eu desço ele ta comendo sorvete, ensino um novo caminho para ir ao shopping, chegando na entrada do estacionamento, que tal irmos a loja de construção, mudança de planos, passamos pelas luminárias cafonas, andamos pelos pisos elaborados, declaro minha paixão por madeira e depois de muito andar partimos para o objetivo número um, o shopping.
Corremos para comprar sua droga favorita, chocolates absurdamente caros, que eu particularmente não entendo o motivo, além de serem usados para me fazer passar o resto da noite negando receber bombas de chocolate na boca, duas lojinhas bobas depois, tudo começa a fechar, enquanto nos encaminhamos para a joia do shopping, a livraria.
Para nosso deleite já esta praticamente vazia, uma paz, já nem lembro se a música de fundo ainda tocava, sem gente falando, caminhos vamos aos quadrinhos, falamos trivialidades, consulto preços, andamos um pouquinho mais e chegamos ao cantinho de um dos nossos interesses sexualidade e fotos, prontamente nos aconchegamos no chão e as descobertas se iniciam.
Temos umas diferenças bem gritantes, eu tentando ganhar a vida e ele já estabilizado tentando melhorar de vida, isso sempre acarreta na mesma coisa, ele quer viajar e eu mal posso sair, ele me chama pra sair e eu tenho que ficar em casa para poupar e o pior/melhor de tudo é que ele vive a me presentear e eu vivo mal por nunca retribuir.
Mas esse fim de ano, que aconteceu no começo do ano, eu estava decidida, daria um presente a ele, de qualquer jeito, só não sabia o que ainda, mas o cenário se desenhou perfeitamente e eu me deparei com o presente, um livro, recheado com fotos de homens nus dividido por décadas, mostrei a ele, ele logo curtiu, falei que verificaria o preço e o deixei se distraindo com as outras maravilhas.
Sorrateiramente fui ao caixa, paguei, falei que era presente, mas que não precisava de embrulho, entreguei a o presente,sem embrulho, sem dedicatória e seguido de se quiser aproveitar que a gente ta aqui e trocar por outra coisa fica livre.
Não foi a troca de presente mais calorosa do mundo, mas foi sincera, ele logo riu e adorou o presente, voltamos ao nosso cantinho, a essa hora a livraria inteira era praticamente nossa, poucos gatos pingados ainda faziam alguma leitura ou pesquisa.
Continuamos conversando, vendo livros, ele me fotografando sem parar, zoando meus pés, me chamando de hobbit, isso tudo nosso mundinho tranquilo, cercados de estantes de madeira, em um chão de madeira, com milhares de livros a nossa volta, tudo perfeito, vamos fazendo descobertas, até que eu me deparo com um livro e fico apaixonada pelo personagem da capa, desconheço o autor e sua história, mas prontamente ele pega o livro da minha mão e começa a me contar sobre o autor, enquanto tira do plastico o livro e me deixa folhear.
Sofro muito constantemente da doença "paixão a primeira folheada", dessa vez não foi diferente, me vi perdida de amores, fui conferir o preço e percebi que perdida mesmo era minha conta bancária e que dessa vez essa paixão não se realizaria, voltei para nosso lugar cabisbaixa e relutante, mas entreguei o livro para ele com as palavras marcantes - por direito é meu, vi primeiro, mas como não tenho dinheiro é seu.
Continuamos fuxicando, conversando, até que a fome apertou e fomos embora para o caixa, ele pagou e pediu para presente, eu lerda nem percebi, mas assim que a caixa devolveu o livro embalado, ele me deu!!!!
Nossa troca de presentes não poderia ter sido melhor, quando comecei a escrever pensei em falar do livro, mas acabei falando de nós e esta bem também, nós realmente somos uma dupla que vale a pena falar quantas vezes forem necessárias, você sempre me faz bem, sempre haverá tempo para falar sobre livros e pessoas falando de livros, mas só tem duas pessoas para falarem sobre a nossa relação, então espero que isso conte como dedicatória.
Obrigada por todo carinho, cuidado e amor doados a mim, meu querido ursinho. 


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Eu tive o prazer de conhecer meninas incríveis, realmente fantásticas e algumas eu tenho a sorte de chamar de amigas, que estão buscando suas realizações, seus sonhos, uma maneira de evoluir e se parecer mais com que esperam de si.
Toda essa eterna busca é maravilhosa, eu mesma compartilho dessa constante vontade de me aprimorar, de me tornar uma melhor versão do que eu sou e posso ser.
No meu caso essa busca é algo muito pessoal, não tenho um modelo externo fixo, do tipo "quando crescer eu quero ser igual fulaninho de tal", claro que tenho modelos diversos, pessoas que eu admiro certos traços, mas sobre tudo tento ter em mente que não é um modelo fechado.
Cheguei a essa idéia ao me deparar com pessoas que possuem características admiráveis que no entanto são aversos a minha personalidade e me forçar a ter tais características seria mais um deserviço, não quero me parecer com um padrão do que é considerado bom, quero sentir como se houvesse realmente alcançado o meu melhor.
As vezes conversando com as minhas queridas percebo que o amor as faz esquecer do que podem ser, ser um par é ceder, é aprender a compartilhar, a ponderar as necessidades e as possibilidades, mas nessa balança as desvantagens me parecem pesar com certa regularidade no lado feminino. 
E de certa maneira elas sabem disso e dão as mais diversas explicações," monetariamente é mais vantajoso que ele se especialize mais","ai isso não ia dar em nada mesmo","nós dois estamos nos sacrificando, é injusto eu insistir nisso","eu me adapto mais fácil".
Me pergunto se isso é uma disposição delas ou se socialmente fomos treinadas para aceitar mais abrir mão das nossas vontades, dos nossos objetivos, nessa sociedade patriarcal soa até complicado pensar em mulheres com planos, com vontades além de complementar uma parceria.
Vejo muito das minhas meninas com esse sentimento limitante e no fundo se é auto imposto ou socialmente introjetado não é realmente o que despertou meu pensamento hoje, o que me levou a refletir foi o futuro.
Quanto tempo podemos ser felizes abrindo mão de nós mesmas? Quanto tempo dura nossa auto omissão?
Deixar de ser quem se é por um bem coletivo, pode se mostrar eficiente a curto prazo, resolve as pequinesas, mas cria sombras, que no começo não são relevantes, no começo você tem orgulho de como o outro brilha, rola toda uma atração por aquela luz, como ele é inteligente e como você o apoia nesse crescimento, até que a luz dele deixa de ser suficiente para afastar as sombras.
Tenho medo que um dia elas se encontrem cercadas de frustrações e se sintam perdidas, as vezes mergulhamos muito fundo e quando tentamos nos situar não conseguimos saber qual a diferença de subir ou descer.
Esse sentimento pode levar a um ressentimento complicado de curar e partiria meu coração ver os meus raios de sol opacos de amarguras, espero que todas tenham força para traçar seus caminhos e que entendam como são importantes e únicas, capazes de realizar os feitos mais incríveis.
Todos já passamos por angustias e não é fácil sair delas, mas com certeza saímos mais fortes, meu desejo é que sempre saibamos onde é o nosso norte, ficar perdido faz parte de percorrer qualquer caminho, mas saber se achar é a batalha real, pelo menos para mim.

Phisis
Essa é a hora de colocar as resoluções de fim de ano em prática, só que esse fim/começo de ano foi diferente pelo menos para mim, pela primeira vez organizei uma festa de fim de ano, tarefa que já seria um pouco complicada por si só, que devida a minha natureza ansiosa se tornou uma missão quase impossível.
Esse ano eu seria a anfitriã, ficaria responsável pelo grande evento, me senti o próprio Atlas, teria que equilibrar a casa limpa, a decoração, a comida e a animação do grupo nas minhas mãos sem deixar a peteca cair.
Tive sorte o grupo recebido não poderia ser melhor, quando perguntei o que queriam falaram logo - Vamos pedir pizza!- tudo seria fácil se eu não fosse a louca controladora e ansiosa que sou.
Começou a fase do planejamento, onde tudo ganha o esboço para o grande final.
A pizza se transformou em jantar, hora de por em prática meu vasto repertório de receitas, ou seja, frango ao molho de requeijão com batatas e cenoura e frango com molho de mel e mostarda, por sorte todos comiam as iguarias, uma parte resolvida.
Festa não é festa sem decoração, fui a caça da ornamentação de fim de ano toda boba alegre, crente que seria a coisa mais simples do mundo, até que me deparei com os preços, como pode plástico custar tão caro, depois de muito me perguntar onde esse povo esta com a cabeça, contei as moedas e percebi que se quisesse decoração teria que ser criativa.
Pois bem comecei traçando os elementos que eu queria na decoração, depois de me sentir o capitão planeta, cheguei a conclusão que precisava de água, flor e fogo, fogo sempre ta uma sensação mais intimista, aconchegante e esse era o objetivo, que os meus amigos se sentissem em casa.
Passei novembro e dezembro fazendo planos e perturbando todos com a minha loucura, deleguei missões para todos, foi definitivamente um ano novo coletivo, todos embarcaram na aventura e fizeram a festa sair.
Dia 26 foi o dia do meu padrasto entrar na roda, depois de trabalhar dia 25, chegar em casa a noite, cochilar um pouco, acordou duas horas da manhã, comigo acordando a casa inteira para que me acompanhassem até a cadeg para comprar as flores, uma pequena viagem ao jardim sem raiz, todos com remela nos olhos, mais ainda assim compreensivos, compramos todas as flores que eu queria e voltamos para casa.
Minha mãe é uma amante de festa, nasceu dominando a arte de ser a anfitriã e diante da minha visível falta de idéia do que fazer, começou a ajudar, forneceu pirex, toalhas, guardanapos decorados, pratinhos e até o pisca pisca de flor, que eu furtei da árvore de Natal que ela nem sabe que emprestou, metade da casa dela esta aqui e ela não faz imagina, o que seriam de nós sem as mães...
Meu pai já não aguentava mais me ouvir falar disso, além de ceder a casa, me ajudar regando o mais novo jardim e a tirar ele da janela toda vez que o sol inclemente tentava matar as flores, me buscar no mercado, ir comprar as frutas e me levar em Inhaúma para conferir que os gatos estão com vida, ainda curte meus amigos e conversa com eles.
Anderson foi o que mais sofreu, faltando umas três semanas para a virada, percebeu que tentar colocar senso na minha mente megalomaníaca não estava funcionando, abandonou seu lado racional e embarcou na minha loucura, saiu a caça de mini aquários, pedrinhas e velhinhas de flores que flutuassem, foi ao mercado comigo diversas vezes, enfrentou meu mal humor, minha histeria e ainda me ajudou consertar a fonte de Buda que estava a seis meses paradas e  participou com um sorriso no rosto dos meus simulados de ano novo, sim houveram simulados de ano novo.
Depois de resolvidas todas as questões fora de casa, foi a hora de voltar os olhares para dentro do apê, precisava de uma limpeza monstro e que todas as comidas fossem feitas.
Minhas habilidades para tarefas domésticas são quase zero, então entre limpar tudo e fazer a minha parte das comidas, algo ficaria por fazer, por sorte meu amor é um mestre nessa arte, então limpou a casa toda praticamente sozinho, enquanto eu fazia o cachorro quente, os frangos, errava o brigadeiro duas vezes, a proposito só rolou brigadeiro de colher...
Então chegou o grande dia, 31 de dezembro, toalhas na mesa, comidas servidas, bebida geladas, arranjos feitos, flores colocas, começa a chuva e falta luz.
Bate um desespero, e se ninguém vier, lugares alagados pelo Rio, minha cabeça rodando até que eles começam a chegar.
Tudo fica melhor, apesar de perturba-los com vários e-mails, com listas infinitas de coisas para trazer, com sorteio online do amigo oculto, falta de luz, chuva eles vieram e então a noite começa, a luz de velas e bate papo.
A bilhete de entrada do Ano Novo vem inteiramente grátis com direito a troca de presentes no escuro e via WhatsApp, pois tivemos amigos que realmente não conseguiram vir, a lanterna de celular que o tempo todo nos levava ao engano de que a luz tinha voltado, isso tudo regado de muita risada.
Depois de desapegar da luz, quem resolve voltar, a luz!
A brincadeira então começou a ficar séria, nos dividimos em grupos e começamos o imagem e ação improvisado, depois de muitas adivinhações cabulosas, peppa pig, os trapalhões na terra do demônio, pouca ronca, e símbolos universais ignorados foi a hora de por a casa da vizinha em chamas!
Depois de apagar o fogo, de curtir a virada da noite, de beber champagne, descobrimos que fogo era um tema recorrente de ano novo e nem as balsas dos fogos de artificio escaparam, desligamos a tv e voltamos aos jogos e a comilança.
Lá pras seis da manhã o sono pega um em uma cadeira, pega outro no sofá e para minha alegria todos resolvem dormir aqui, montamos o acampamento!!!!!
Dia 1 de janeiro e a festa continua, onze horas chega mais gente, eu faço um voar do colchão inflável, o outro já dobra a roupa de cama do sofá, todo mundo tomando café, se divertindo, mais gente chegando, o grupo todo reunido e a passagem de ano vai acontecendo do melhor jeito possível, cercada de amizade, carinho e risadas.
Meu 2015 de fato não começou  com uma lista de resoluções para o ano que vem a frente, no entanto começou com sorriso no rosto, abraço coletivo e cercado de amigos, acho que a troca foi justa, agradeço a todos pelo carinho, pela paciência e por tornarem a minha virada de ano em uma coisa maravilhosa, já ouvi falarem que o ano seguinte é reflexo de como foi sua virada então só posso concluir que esse novo ano promete muito amor, muita união, diversão e talvez um pouco de falta de luz.
Agradeço a participação de todos os envolvidos ;)





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Lembrou de quando era leve e saltitava pelos lugares, de como as pessoas falavam - te vi dando saltinhos em tal lugar - de como ria fácil e azul era apenas uma cor. Hoje tudo pesa e andar já cansa, quando foi que tudo ficou tão cinza?

Phisis

As vezes eu sinto tanto a sua falta, que tudo ganha um tom cinza, as coisas perdem a graça e eu passo por elas de maneira automática.
Fico presa em um tédio constante de ficar sempre explicando meus motivos, ninguém completa as minhas frases e diz o que deve ser dito.
Abrir mão de você era o certo a ser feito, mas tem horas que parece que o errado era tão exato, mais que isso, era tão feliz, que o preço que eu pago se acumula e me sufoca.

Phisis

Sonhei que estava em uma loja, sentada, lendo, esperando alguma coisa.
Você passava e voltava um passo, abria a porta e dizia - reconheci você através da vitrine, não podia deixar de te dar um oi, oi - eu achei graça, comentei que apesar de ter tanto tempo entre a gente você ainda me reconhecia sentada, cabeça baixa lendo, através de uma vitrine.
Você simplesmente olhou para mim e disse:
Te reconheceria até no inferno.
Foi embora, eu acordei e passei o dia pensando que realmente só teríamos uma chance lá.
Acho que te reencontro mais tarde, isso é se você realmente puder me reconhecer.

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Tem dias que eu percebo como envelheci, como estão distantes os dias em que eu só dizia sim, em que eu podia fazer qualquer coisa.

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Esse amor condicionado realmente me irrita.

Phisis

Toda vez é sempre a mesma coisa.
Me lembro como eu dizia para plenos pulmões que você havia me castrado. Da sensação irremediável de estar presa, pior, estar algemada a algo incompleto. De ter a docil esperança de que você poderia se esforçar mais, se doar mais. Da certeza frustante que você não era suficiente. Minha memoria não me perdoa, não me deixa esquecer como você passou a ser vil aos meus olhos, fraco, incapaz, raso, permanentemente defeituoso.
O problema de olha para tras é ver que você foi tantos, inúmeros foram os que passaram pelo papel de você e todos tiveram o mesmo final.
Talvez tenha sido muito cruel em lhes cerrarem o destino, afinal de todos as  variações só eu desempenhei sempre o mesmo papel.
Para alguém que busca o impossível, qualquer oferta parece inferior, no final da história vocês nunca foram o problema.

Phisis

O medo de uns se torna a realidade de outros...

Phisis

Desesperador, carros passam, o ar condicionado do vizinho pingando no telhado embaixo da janela, taunda taunda taunda, ele roncando, alguem vomitando no banheiro e eu sem conseguir dormir, presa ao taunda taunda taunda infinito...

Phisis

Seu amor é cativeiro,
Tudo em mim lhe soa insuportavel
Sou alvo da sua eterna censura
A meus modos tenta sempre mudar
Ate roupa me faz usar, roupas bem sabes que eu as detesto,prisao maior nao ha

Phisis

As vezes fico cansada, já não sei mais pelo o que insisto ficar. Vai ser ironico o dia em que eu partir e nenhuma falta ser sentida de mim. Adio a partida com tantas desculpas, não magoar, certeza de que passará, querer ajudar, mas se aproxima o momento que nada vai adiantar e a solidão cantará mais alto e a mim só restará o silêncio.

Phisis

Eu vivo em uma casa de praia aqui sempre tem sol, minha rede sempre esta na parede e meu chinelo sempre ao alcance do meu pé, pacientemente a esperar sua hora de ser útil.
Figura certa é a brisa, fresca sem ser gelada, sempre soprando, o sol muito camarada permanece morno e o mar sempre batento com suas ondas perfeitas.
Dor de cabeça?
Só uma, o arroz que teima em queimar, mas quem pode me culpar, o barulho das ondas e o balanço da rede vivem a me ninar.
Mas até o danado do arroz queimado me zanga pouco, em dez minutos tem outro no fogo e mais balanço a me esperar.

Phisis

Tenho plena consciencia que ha saudades que nunca materei, pessoas que eu jamais irei rever e no fundo é melhor que seja assim.
Me comove o jeito como você se aproxima de mim, como nos sentimos, se durmo pensando em você, tenho o consolo de saber que pela manha terei uma mensagem sua, essa nossa ligaçao bizarra, gemeos siameses do acaso.
As madrugadas não são as mesmas sem você, tenho me sentido constantemente só, solidão me cai até bem, mas as nossas madrugadas eram com infinita certeza mais divertidas.
Pensando em você agora me ajuda a passar o tempo e até sua ausência me tira do vazio em que me encontro, uma pena nossos caminhos terem se encontrado e uma sorte terem se separado, como remédio apenas o saber que não escapamos ilesos desse encontro.

Phisis
Ouvindo um jazz e pensando na dificuldade que pequenos momentos apresentam ou de uma hora para a outra passam a apresentar, aquele exato instante quando um jantar deixa de ser uma desculpa para uma boa conversa e vira o jantar e a conta...
A falta de malemolência, de flexibilidade, a dureza que traz a quebra...

Juliana Ferreira

Sabe quando você chega em casa depois de uma discussão com alguém e fica sem conseguir dormir pensando em tudo que poderia ter dito, ou quando  você fica esperando alguém que está errado te pedir perdão?  

É como me sinto. 

Fico decorando textos que nunca direi. Esperando um pedido de desculpas que nunca será feito.
Esperando o tempo apagar todas as lembranças, dessas que não vão embora deletando emails, rasgando cartas e fotos. 

Não sei se o que sinto é ódio. Ódio por ter um dia achado que essa farsa poderia ser amor.
As vezes confundo os sentimentos. As vezes choro. As vezes sinto  pena. As vezes sinto nojo.

O tempo, ah ...o tempo....só ele nos faz entender porque as pessoas agiram daquela forma ou de outra ...
Talvez um pai que abandonou sua família no momento em que ela mais precisava, possa ser o motivo do ódio de um filho com as outras pessoas. Porque as pessoas seriam felizes se ele sofreu tanto? 
Porque ele te ajudaria  em momento de dor, se ele sempre se ergueu sozinho? 

Eu desabafo. 
E me perdoo. 
Eu me despeço.

Desabafo pois não da mais pra segurar as palavras. 
Me perdoo.
Por achar que eu estava errada, sendo que não posso me sentir culpada pelo que outras pessoas me fizeram  passar. Não posso me sentir culpada pelo que as pessoas já sofreram. 

Também te perdoo, sim, te perdoo. Pois só assim conseguirei seguir em paz. 

Só assim voltarei a ser eu mesma. A acreditar no amor, a acreditar nas pessoas.  

Me despeço, pois agora sei que é o fim. 

O meu começo. 

 Juliana Ferreira





















Phisis
Novos amantes, sempre tão apaixonados, sempre tão orgulhosos do novo amor, mas ao mesmo tempo pesarosos pelo passado do novo amado.
Nutrindo um medo irracional do que foi, sem conseguir entender que é da natureza dos amores serem dados a indas e vindas. Com isso por muitas vezes esses novos amantes acabam por não fazer o que deve ser feito quando se encontra um amor.Seja por sorte ou dedicação quando um amor é encontrado, aos amantes só resta uma coisa opção, devora-lo.
É isso que faz um amor saudável, perder tempo com mesquinharias, como testando-lo, faze-lo passar pelas mais descabidas provas, afim de por lhe a prova  acaba por desgastar o amor e só serve para apressar sua natureza de sempre partir.
Phisis
Ladrão de beijo.
Meus bons pensamentos e algum carinho.
As vezes saudade, as vezes nada.
Mas hoje, definitivamente alguma saudade.
Juliana Ferreira

Tentei iniciar minha participação nesse blog de uma forma mais positiva e alegre , mas estou sem paciência. 
Não sei dizer quando minha paciência acabou, ou nem sei se realmente a tive algum dia, mas só sei que agora estou sem. 
Estou sem paciência com pessoas que buzinam no segundo em que o sinal fica verde. Sem paciência para datas comerciais e de como as pessoas hoje estão amáveis com todo mundo só porque é dia do amigo.
Sem paciência com novelas que sei que terão um final que eu não vou gostar. Sem paciência com pessoas que falam o tempo todo que eu tenho que emagrecer. 

Juro que queria ser a pessoa mais calma desse mundo. Queria assistir ao telejornal e não me revoltar com as injustiças que acontecem pelo mundo, queria entrar em um loja e ter a liberdade de andar, olhar e se eu precisar , chamar um vendedor. Não que ele tenha culpa da minha impaciência, sei que ele está lá fazendo o trabalho dele, mas por favor, me deixe entrar na loja e respirar!

Estou sem paciência pra pessoas que trabalham com o público e que vão trabalhar de mal humor . Para compras que terminam com 0,03 e o caixa fica me olhando esperando com cara de raiva até eu dar uma moedinha de 0,05.  Sem paciência com tênis de alto alto que tá na moda, com certas pessoas que me perguntam "porque estou sumida", e com pessoas que me adicionam no facebook e que não falam comigo na rua.
 Poderia citar uma lista de coisas que me deixam assim, mas juro que não quero deixá-los pensando que sou a pessoa mais ranzinza do mundo. Também não quero ficar pensando que o mundo está conspirando contra a minha pessoa e que tudo isso será pior na Copa. Mas juro que  nem só de impaciência vive essa pobre gordinha.

Juliana Ferreira
Phisis
Com a chegada do mês de julho, completo 1 ano de namoro e por viver em um país capitalista, comemoração de aniversário é sinônimo de ganhar presentes!!!

Estava fazendo a lista de possíveis presentes e resolvi compartilhar a minha lista, vai que alguém também esteja na busca...

Estou muito inclinada a dar alguma fofurinha nerd! 

1- Tardis do Dr. Who 

Estamos revendo juntos as temporadas de Dr. Who, então automaticamente quando comecei a pensar no presente, essa opção me pareceu super legal, ela fica suspensa entre os polos do suporte em um sistema de imãs que faz com que ela pareça flutuar e além disso tem a possibilidade de fazer com que ela fique girando como se estivesse viajando no tempo e espaço, igualzinho a da série...realmente muito bacana...

O problema com essa opção é que só se encontra com facilidade para comprar em sites estrangeiros, o único site que eu vi vendendo aqui no Brasil, acho que ficou com ela disponível para compra por menos de 3 dias, esgotou beeem rápido.

O site que eu costumo fazer as minhas comprinhas nerds lá fora costuma ser esse aqui :

 É seguro e as entregas são super rápidas.

2- Churrasqueira Estrela da morte do Star Wars

Eu sou mega viciada em coisas relacionadas a Star Wars, não sou uma profunda conhecedora, que tem decorado falas e coisa e tal, mas curto bastante e quando vi essa belezura fiquei apaixonada!

Imagina fazer um churrasco em grande estilo, reunir o pessoal em volta na Estrela da Morte pra assar umas carnes...com toda certeza eu usaria a minha máscara do Darth Vader...so não vale deixar a carne passar do ponto e ir pro lado negro da força...

Mas acho que entra na lista de desejos apenas, já que eu nem consegui achar o site que disponibiliza pra venda, acho que talvez ela tenha sido customizada...

3- Toca discos

Eu herdei um monte de discos que não tenho onde tocar aliado a quebra repentina do meu rádio nada melhor que repor os dois com estilo...mas acho que esse ai seria um presente muito mais para mim do que para ele =P

Dá para comprar pelo site da Fnac:

4- Roupão Jedi
Quem nunca quis ser um Jedi?

Há menos de um mês nós compramos o jogo do Star Wars pra kinect, eu estou viciada e ele sempre joga comigo, então acho que meu desejo de ser Jedi foi aumentado, além do mais, morando em Jacarepaguá, onde esta sempre frio, impossível sair do banho sem um roupão quentinho e confortável, então vamos juntar o útil ao agradável!!!

May the force be with you.

Infelizmente só em site estrangeiro mesmo:

5- Mjölnir, o martelo do Thor

Meu namorado é formado em desenho industrial e esta curtindo bastante essa nova leva de filmes de heróis dos quadrinhos, explorando um lado mais realista dos desenhos, trazendo os desenhos para algo tangível e como sua monografia versou por esse assunto estudou bastante a arte conceitual dos atuais filmes e ficou encantado com o novo martelo do Thor, eis que eu passeando pela internet achei a réplica do martelo para vender!!!

Lindíssimo e caríssimo, acho que esse ai vai ficar para a lista de desejos também, mas para quem estiver com o dimdim disponível o site da pré-venda é esse aqui :http://www.sideshowtoy.com/?page_id=4489&sku=901440&affiliate=dadoellis&utm_source=dadoellis&utm_medium=affiliate&utm_content=http%253a%252f%252fwww.sideshowtoy.com%252f%253fpage_id%253d4489%2526sku%253d901440&utm_campaign=Custom_Affiliate


Aceito ajuda para escolher!
Phisis
Ontem estava saindo com o carro da garagem, quando o celular apita, paro na hora e vou ver se vale a pena ou não perder o sinal para ler a mensagem, quando eu vi de quem era, obviamente relaxei, voltei o carro pro ponto morto e fui me divertir lendo a mensagem...
A mensagem era do futuro dominador do mundo e dizia o seguinte:

"Gente eu só faço merda!Tava distraído ouvindo musica olhando o pc aqui no trabalho...coloco a mão na mochila pra pegar a pasta de dente...pego....levanto e vou na direção do banheiro...qnd noto...eh o meu KY que ta na minha mão"

Morri de rir, imaginei a cena e fiquei pensando nas milhares de possibilidades...
Será que alguém do escritório reparou a cabeça do coitado deve ter ficado bem confusa ...menino em direção ao banheiro da empresa com KY na mão!

Mas o mais divertido foram os finais alternativos criados na minha cabeça, toda empresa tem aquele ser que por mais que escove os dentes todo dia na empresa nunca leva a merda da pasta de dente e sempre pede a sua...imagina a reação da pessoa...
" Oi me empresta a pasta de dente?"
"Claro" - passa o KY
Pessoa pega e olha...desvia o olhar do coleguinha devolve e diz roxa de vergonha " Acho q isso não é pasta de dente, vc se confundiu"
Ou final alternativo 2.... Toda empresa tem a sua virgem de plantão, que pretende perdurar a virgindade até o casamento com o príncipe encantado e ela calha de ser a sem pasta de dente...

" Oi me empresta a pasta de dente?"
"Claro" - passa o KY
Pessoa não faz ideia do que seja uma KY e escova o dente com ele!

Ou ainda final alternativo 3... Toda empresa tem a sua desbocada, mega animada, escandalosa e justo ela para sua sorte maior não trouxe a pasta de dente....

" Oi me empresta a pasta de dente?"
"Claro" - passa o KY
Pessoa começa a RIR, gargalhar e grita" OHHH QUERIDO A NOITE FOI BOA ONTEM NÉ, MAS ISSO AQUI NÃO É PASTA DE DENTE E SIM O SEU KY"... obviamente não para por ai e chega gritando no setor" VCS NÃO SABEM O QUE ACONTECEU...ESSA CRIATURA ME PASSOU O KY ACHANDO QUE ERA PASTA DE DENTE" rindo horrores e destruindo o pouco de dignidade que você tem...

Esse meu amigo tem várias histórias assim, falo sempre para ele criar um blog, o Diário de um Jovem Gay, pois conhecendo a vida dele como eu conheço, ser jovem, gay, com a vida sexual saudável (ativa), não é fácil, é uma vida cheia de trapalhadas, aventuras e diversão...tudo que faria um blog de sucesso que facilmente dominaria o mundo...

Com carinho ao Cérebro
...beijos Pink!

Phisis

Tenho a mania de ao escolher o ônibus que eu vou pegar olhar apenas o destino final dele, sem fazer idéia do trajeto que ele vai percorrer. Gosto do prazer seguro de conhecer novos lugares, ver coisas diferentes, com a certeza que chegarei ao destino desejado.
Uma aventura sem muita coragem, eu admito, mas algo leve e que traz algum divertimento para dias já fadados a rotina.
Phisis
Andando por ai, conversando, escutei a seguinte questão..."eles se separaram depois de 6 anos de casamento, fizeram uma super festa e pra que? Pra acabar tudo depois de 6 anos...palhaçada...mais um casamento com uma festança que não deu certo".
No momento concordei, mas avaliando melhor, quem pode dizer que esse casamento não deu certo?
Estamos mudando o tempo todo, quem eu sou hoje, não se compara com quem eu era a um ano atrás, estamos em constante movimento.
 Um relacionamento seria um contrato, que deve ser mantido a qualquer custo ou seria um pacto que deve ser vigente enquanto as condições em que foi feito são as mesmas.
As pessoas que tomam a importante decisão de se tornarem "um casal", de experimentarem um relacionamento, fazem por diversos motivos, isolados ou combinados, paixão louca, amor, amizade, carinho, novas experiências, ideias ou idéias que se combinam, esses motivos criam um elo, uma afinidade entre essas pessoas, que transformam essa visão similar em um compromisso.
Essas pessoas que se uniram pelos motivos mais nobres, não podem mudar ao longo dos anos e perceberem que seus pensamentos mudaram e que não pertencem mais uma do lado da outra?
É alguma vergonha perceber que você já não é mais o mesmo de 5 anos atrás? Que você e a pessoa que você ama já não pertencem mais juntas?
A impossibilidade de viver uma vida junto, não significa fim do amor e sim um amor que se transforma, passa a ser amizade apenas.

A questão toda é, por quanto tempo esse compromisso deve durar?
Um casamento feliz se mede pelo tempo que ele dura?
Um casal que fica 40 anos casadas e os dois não são mais felizes, não riem mais juntos e não entendem o prazer de dormirem abraçados e nem o de sentir saudade um do outro, é considerado feliz?
Enquanto que um casal que passa 6 anos juntos, rindo, se divertindo, apoiando um ao outro até o momento que percebem que não caminham mais na mesma direção, que já não são as mesmas pessoas que começaram o relacionamento, tem seu casamento desconsiderado, tem seu ato de amor visto como um fracasso?
Quem pode decidir se um relacionamento que acabou, não foi bem sucedido? Da onde surgiu a lenda do felizes para sempre?
Prefiro uma realidade bem vivida, que um conto de fadas, sou pessoa real, respondo pelos meus sucessos e fracassos, sou eu dona das minhas decisões, com defeitos e ambições e estou em busca de uma vida bem vivida e da felicidade.
Phisis
Sem sono nenhum, brincando com uma lanterna e a gata...meu deus eu levanto 6:30....
Phisis
Criamos um lugar comum, como se fosse o nosso vilarejo, um lugar seguro e secreto, aonde nossas fantasias se permeam com a realidade criada, ter que conviver do lado de fora pode ser por vezes, simplesmente doloroso....
Phisis

Deitada na grama, sol tocando o meu corpo, um Salgueiro fazendo sombra no meu rosto, olhando a copa da árvore percebo que bons ventos se aproximam....
Fico observando a dança das folhas e definitivamente ainda tem algum espanto reservado para mim....